Você sempre teve a capacidade de me fazer não pensar em nada quando estávamos juntos. Apesar das poucas vezes, eu não pensava em mais nada quando te via. Não pensava no seu julgamento sobre mim, não pensava na roupa que estava usando, não pensava em outras pessoas ou nas coisas que ainda tinha pra fazer. Eu simplesmente vivia, e ria frouxo, e me sentia á vontade. Consciente ou inconscientemente, você apagava toda a minha memória por uns instantes, e eu o parabenizo. São poucas as pessoas que, até hoje, conseguiram despertar isso em mim. Não sei se estou colocando sentimento, mas apenas estou tentando dizer o que você realmente é.
Você dispensava qualquer teoria filosófica já existente, sendo único, não perfeito, mas único. Aliás, perfeito ? Você estava longe disso ... Sempre era difícil te encontrar.
Você era músico, e que músico!
Sempre correu atrás de tudo o que almejava, valorizando a cultura brasileira através da sua música clássica ou contemporânea, ou através da mistura dos dois. Sempre dizia a mim mesma que você, como músico, utilizava de todas as liberdades que podia.
Me fez dar um sorriso largo várias vezes, naturalmente, sem devaneios ou ironias. Me fez te dar abraços de cravar os dedos nas costas, que são os melhores do mundo. Você despertou o melhor de mim, por isso é que lembro de você com tanto carinho, pois é, pois é ... Todos os verbos escritos no passado, você também.
Nenhum comentário:
Postar um comentário